segunda-feira, 4 de abril de 2011

A [dupla] via crucis do corpo

O que Clarice Lispector pode ter a ver com sexy shop? Você pensa em milhares de obras que já leu, ou nos milhares de resumos sobre Clarice Lispector que foi a única coisa que leu.Da sua cabeça começa a sair  fumaça...  Ok, você não está fazendo todo esse esforço mental, nem eu seria capaz de fazê-lo. Essa referência é uma forçação tosca só pra atrair o público Cult/modernex super prafrentex hipe adoradores dessa grande escritora e que, claro, também gosta de fazer uma prevaricaçãozinha. Mas não somente esse público, afinal você é uma pessoa inteligente & está lendo este blog.

A dupla via crucis do corpo é uma forma de homenagear a divina Clarice Lispector, falando sobre uma prática milenar registrada no livro dos prazeres de qualquer grande civilização: a dupla penetração. O sonho masculino de ser super homem com Doble Flex Power Pinto remonta à Grécia Antiga, vulgo babilônia em chamas - período em que a pegação nervosa botava no chinelo qualquer baile funk carioca.  Nessa época, os athenienses descobriram o quão delicioso é untar o toba com a língua e começaram a fazer vários experimentos. Um deles, que permanece até hoje, é o anel peniano 3 em 1: 

Evidentemente, o anel peniano dos gregos não tinha um designer tão arrojado como o do Arte & Manhas do amor, mas fazia a alegria da galera do mesmo jeito. A coisa funciona mais ou menos assim:

1º Ao colocar o anel peniano na base do pau, ele ficará mais tempo sem ejacular (Ôh! Glória!) porque a borracha dá uma segurada na circulação, fazendo com que também fique mais tempo ereto. Não, o anel não vai estrangular seu brinquedinho, pode acreditar.

2º Na parte superior do anel há massageador de clítorix, ou seja: enquanto o cara está metendo, além de agüentar ficar mais tempo sem gozar (gente, é coisa linda de Deus mesmo!), seu grelim é acariciado conforme a malemolência do cara.

3º tcham, tcham, tcham!!! Na parte inferior do anel, há um PLUG que vai ficar entrando no seu cu enquanto ele mete. pra fazer a alegria?

Caso você esteja interessad@ em obter essa jóia pro seu arsenal, basta entrar em contato conosco pelo artemanhasdoamor@gmail.com ou pelo facebook.

Referências bibliográficas:

CATRA, Mister. Entra e sai na porta da frente e na porta de trás. In: pegação nervosa da Grécia aos tempos atuais. Rio de Janeiro:  2005. 

BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Editora
Cultrix, 1985.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Pseudo Hetero x Hetero Enrustido

A frase Pena que é gay! Me traz à cabeça várias histórias de manifestações heterossexuais no dito ‘outro sexo’; ou seja, quando aquela sua amiga Beesha Lôka mostra a você que é, na verdade, um Hetero Enrustido. Provavelmente a causa desta crise está no grito de liberdade dos metrossexuais, que – segundo dados do Siririca Way Of Live – só deixa a dúvida: DÁ pra investir naquele cara de chapinha???

Depois de uma super noite de sexo, choquei quando o bofe perguntou onde ficava a nécesaire de maquiagens e não só conhecia a palavra rímel, como também o usava. Nada contra homem cheiroso, bem arrumado e de rímel, desde que ele não fique três horas se arrumando e depois decida que não poderá ir ao motel contigo porque não tem roupa!

Completamente abalada, precisava beber para engolir a história do Cat-do-Rímel, que por nojinho nem quis experimentar a calcinha comestível que comprei. Como boa companhia, convidei uma Bichamiga que me trouxe o Kit Dor de Cotovelo: dois ouvidos, álcool e disposição para xingar os homens.

Fomos à minha casa e com todas as generalizações permitidas pela situação, começamos o chororô anti-homem, a velha história de superação e então abrimos o cortezzano. Poucos minutos de conversa e chegamos a uma conclusão lógica: ao menos o bofe não se não se maquiou antes... duas doses depois e com um ar de superioridade que eu não entendia, a Bicha grita, gargalhando: Amiga, seu filé mignom é maminha!
(e olha que eu nem contei a ela que o bofe me pediu, no primeiro encontro, para depilar o peito dele).

Pouco mais de meia garrafa e já afirmávamos o quanto éramos melhores que os outros. Passados cinco elogios, a gazela campestre já estava em cima de mim e eu ainda não sabia que ela estava prestes a fazer barba, cabelo e bigode.


Com os machos embichando e as bichas dando no coro, se Darwin estiver certo, a humanidade está caminhando para um grau de evolução onde não faltará sexo, desde que não ligue pra quem te coma – prática antiga dos mais evoluídos. Dentro deste pressuposto, até mesmo os gays mais ortodoxos aceitarão o convite de tomar uma bebida e encarar o sururu, te salvando daquele vazio interior provocado pela falta de pica.

Só um cuidado: depois de me deixar curtir o sono pós-gozo, fazendo a linha boa noite cinderela, a Bichamiga deu a elza na nécessaire, carregando, inclusive, aquela calcinha comestível que o bofe dispensou.
                        Calcinha comestível, o mais novo brinquedinho do Arte & Manhas do Amor

quarta-feira, 23 de março de 2011

Decepção ortográfico amorosa, quem nunca brochou?

Foto real. Para reatar o relacionamento, o cara escreveu esse carinhoso bilhete.

by Super Nany


O pior da brochada é a expectativa, você conhece um cara bacana, vive uma noite maravilhosa, cria vários pequenos sonhos e, no meio daquele clima gostoso, ele tem a infelicidade de soltar um A gente podíamos ficar juntos!
 
PAUSA
Você respira fundo, está muito, muito emocionada. [música em língua castelhana ao fundo] Ele segura seu queixo com as pontas dos dedos, vira seu rosto e repete bem alto pra todo mundo ouvir A gente podíamos ficar juntos! A vontade é de enterrar a cabeça no chão, tal qual um avestruz. Não, a gente não podíamos, nem a gente pode - diz sua voz interior aos prantos.

Quem aí do outro lado da telinha nunca chorou na frente do MSN ao se deparar com uma crise de Siúmes dele, ou ao descobrir que seu gato Adevogado é um playboy cheio de previlégios. Sim, isso faz brochar mais do que pinto sujo. Pior ainda é o viciado em gerúndio que vai estar te amando pro resto da vida.

Porém, dependendo da performance do rapaz, é possível desenvolver níveis de tolerância. Há pessoas que não dão importância àqueles errinhos ortográfico, do tipo trocar “c” por “s”, afinal os sons são iguais e qualquer mortal está passível a esse tipo de confusão. Por outro lado, há quem abomina erros de concordância verbal, alegando que um Nós vai pode causar mais constrangimentos do que soltar um peido acidental no primeiro encontro. Mas, em tempos de crise da heterossexualidade viril & peluda, vulgo vacas magras, é preciso flexibilidade, sobretudo se o referido fizer o dever de casa direitinho. Ou seja, se seu bofe é um inguinorante, mas tem 23 cm, designer arrojado e bom desempenho, ele tem direito à licença poética, variação lingüística, enfim... quem precisa de um homem com boca aberta?    
  
Esses dias, ao apresentar os produtos do Arte Manhas do Amor para um casal, o rapaz perguntou assim: tem dado gay? Imediatamente, a namorada o corrigiu: não é tem dado gay, mas sim há dado gay? Em meio a tantos dados, não sei quem estava dando ali, mas uma certeza eu tive: a mocinha tão preocupada com a gramática, mas tão desatenta ao estranho interesse dele por...

terça-feira, 15 de março de 2011

Arte & Manhas voltou...e bate cabelo!

Após longa data distante, investindo no turismo sexual internacional, eis que volta à blogosfera 
Arte & Manhas do Amor. Embora os brinquedinhos tenham feito sucesso absoluto entre [aquelas phelas das putas torcedoras do Boca] as simpáticas argentinas, nada melhor do que dar duro, muito duro, duro mesmo, aqui no Brasil! Ôh glóriax!

Para esta nova temporada, apresentaremos várias novidades do mundo do amor [ mas só se você decidir DAR uma olhada nos nossos produtos & comprá-los, né?...esse lance de trocar sexy shop por cerveja não daria certo mesmo] e ainda contaremos com a contribuição de várias amigas que, no estilo novela do Manuel Carlos, contarão suas experiências, darão dicas & Palas na rede. Por enquanto, confirmada a presença de Super Nany, a pedaDOIDA pervertida que ensina Os criancinhas a usarem o piruzinho, e Rosinha, a Rebordosa capixaba -  vulgo Louca de Guarapari.

SemAnalmente...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As rosas não falam...


As rosas não falam, as rosas dizem.  Falar é propriedade dos homens, dizer é a linguagem da vida e das coisas também inanimadas.  As rosas dizem com seu perfume, com sua cor, com toda simbologia muda capaz de representar com tanta beleza o vermelho das paixões.

Aparentemente, parecem perder forças e tendem a murchar: a banalização de seu significado hoje tem convencido mais e mais mulheres a serem indiferentes às rosas. É possível tanta insensibilidade? Não, estamos passíveis à comoção, mesmo que pequena, é latente. Receber uma única rosa ainda abre uma fenda para que o amor se instale entre duas pessoas, mesmo que esse amor esteja fadado ao efêmero.

Por isso, a Arte & Manhas do Amor oferece a vc a rosa ambígua do amor, a qual comove o coração e, ao mesmo tempo, convida os corpos à entrega. Hoje, a Arte & manhas do Amor apresenta uma rosa que esconde em suas pétalas uma lingerie preta que revestirá de desejos e fantasias o corpo de quem se ama.

Se você estiver interessado em adquiri-la, basta entrar em contato conosco pelo artemanhasdoamor@gmail.com.br e agendar uma visita. Fazemos atendimentos domiciliar em toda região da Grande Vitória.

domingo, 28 de novembro de 2010

As deliciosas mãos nos peitinhos...


                                                                                                                             by Super Nany

Eles são o que alimenta homens de todas as idades, e nisto está uma das belezas de ser mulher.


“Nunca ouvi ninguém falar mal de determinadas rotinas: (...) mão nos peitinhos” (1),  por exemplo. É impossível existir uma mulher saudável que não se sinta plenamente feliz naquele instante fabuloso de carícias nos seios. E quem reclama não anda bem da cabeça ou não anda bem acompanhada...

Mãos nos peitinhos é a primeira sacanagem que aprendemos, desde crianças somos condicionados a esse ato. Neles há um dispositivo automático para o prazer, basta degustá-los - percorrendo suavemente seus contornos com a língua - que logo escorrem por entre as coxas femininas o Sim! Mas não é um sim assim, falado em todas as letras, é um Sim! suspirado, ofegante, gemido no idioma do amor.

Além de tudo, é um tipo de amasso democrático: seja pequeno, seja grande, seja numa quebrada ou num quarto de motel, mão nos peitinhos é para todos e em qualquer lugar. É o que está depois do beijo e antes de todas as pré-liminares. É a senha da porta da esperança.    

Há uma ousadia deliciosa em homens & mulheres que primeiramente tocam os seios, que reconhecem esse território como de muita sensibilidade e, sobretudo, sabem degustá-los como pêssegos que são.  Tocá-los com a boca é uma arte, é oferecer pequenos delírios à mulher naquilo que lhe é mais peculiar. Porém, a permissividade feminina não deve levar a confundi-la com uma vaca: não ordenhe as mulheres, não confunda seus seios com tetas. Não seja afobado (a), pois eles não fugirão de seus lábios e mãos. Seja cauteloso (a) no estilo mama que eu tô carente, só não vale usar o dente. Mordê-los com intensidade, inclusive,  pode causar seqüelas, além de uma dor terrível, mais ainda em período menstrual.

Ao acariciar os seios femininos, lembre-se daquilo que você não gostaria de que fizesse com suas bolas. Dessa forma, prevalecerá o bom senso e o prazer. No caso de lésbicas, não há conselhos a dar, pois elas já nasceram sabendo disso.

A dica do Arte & Manhas do Amor é peitinhos com óleo comestível sabor morango com champagne, disponível em nosso estoque. Ficam mais saborosos e estimulam esse carinho tão tenro.



(1) Elisa Lucinda em Parem de falar mal da rotina

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lennon, Yoko e Drummond




Amor é privilégio de maduros
Estendidos na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga e mais relvosa,
Roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
O prêmio subterrâneo e coruscante,
Leitura de relâmpago cifrado,
Que, decifrado, nada mais existe

Valendo a pena e o preço do terrestre,
Salvo o minuto de ouro no relógio
Minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
Depois de se arquivar toda a ciência
Herdada, ouvida. amor começa tarde


O Chão é a cama para o amor urgente,
O amor não espera ir para a cama.
Sobre o tapete no duro piso,
a gente compõe de corpo a corpo a última trama.
E para repousar do amor, vamos para a cama!



Que pode uma criatura senão,

entre criaturas, amar?

amar e esquecer,

amar e malamar,

amar, desamar, amar?

sempre, e até de olhos vidrados, amar?



Que pode, pergunto, o ser amoroso,

sozinho, em rotação universal, senão

rodar também, e amar?

amar o que o amar traz à praia,

o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,

é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?



Amar solenemente as palmas do deserto,

o que é entrega ou adoração expectante,

e amar o inóspito, o áspero,

um vaso sem flor, um chão de ferro,

e o peito inerte, e a rua vista em sonho,

e uma ave de rapina.



Este o nosso destino: amor sem conta,

distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,

doação ilimitada a uma completa ingratidão,

e na concha vazia do amor a procura medrosa,

paciente, de mais e mais amor.



Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa

amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.